começa no olhar até eu chegar perto;
com minha mão direita acaricio a barra lhe dizendo
'bom dia',
me sertifico de que a atadura esta bem firme.
Ele fica ali estatico firme me chamando.
Subo devagar no trapézio.
começo minha rotina de alongamentos,
inicio meu treino...minha sequência.
É o aparelho quem escolhe o artista, e não o contrario.
Ele me diz coisas como : 'vai mais, vai mais',
'calma, agora de vagar',
'não, não, hoje não esta pra ti',
'vai, mais uma vez'...
Ai que percebo que somos apenas um.
Eu trapezista ele trapézio
Eu seu devoto seguindo sua doutrina sua rotina
Ele me guiando sem palavras, apenas ao vento com seus movimentos.
-Trapézio, sou seu trapezista!
(Erich Sant'anna, texto do espetaculo 'Amores de Circo' da Cia. Um nó De Experimentação)
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